O capitalismo português é uma maravilha: desde os tempos do Devorismo Liberal (para não recuarmos mais) que essa mirífica designação se aplica a uma remonta de parasitas que «captura renda» directamente do Estado, e não cria outra riqueza do que aquela que escorre da cornucópia clientelar.
Eu sei que os meus amigos liberais, lá nos salões doirados de Albion, estudam afanosamente os modelos do capitalismo português do futuro, e multiplicam as loas às virtualidades do mercado. A intenção é generosa, sem dúvida, mas eles desconhecem decerto que por cá «para se entrar na massa» é preciso pertencer-se a uma de duas ou três cliques – sendo que nenhuma delas, por razões óbvias, faz profissão de fé daquilo que realmente pratica. E todas elas, por razões ainda mais óbvias, temem o mercado, a liberdade e a concorrência não-tutelada tanto como Nosferatu teme a claridade.
Eu sei que os meus amigos liberais, lá nos salões doirados de Albion, estudam afanosamente os modelos do capitalismo português do futuro, e multiplicam as loas às virtualidades do mercado. A intenção é generosa, sem dúvida, mas eles desconhecem decerto que por cá «para se entrar na massa» é preciso pertencer-se a uma de duas ou três cliques – sendo que nenhuma delas, por razões óbvias, faz profissão de fé daquilo que realmente pratica. E todas elas, por razões ainda mais óbvias, temem o mercado, a liberdade e a concorrência não-tutelada tanto como Nosferatu teme a claridade.
Boa sorte aí por Oxford, iludam-se de que o «sonho comanda a vida»: comanda, comanda, a terra é plana e toda a prosa rima.
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