O Confrade Réprobo coloca, em tom lisonjeiro, algumas dúvidas sobre o meu passado de "dedicated follower of fashion". Nos meus verdes anos paguei algum tributo a esse dandyismo de pose, a forma mudou mas a corrente narcísica continua latente, agora endereçada a outros alvos, emergindo noutros recantos. A roupagem já não me emociona, mas não quer dizer que não haja outros ídolos, outras ostentações – começando pela perversa anti-ostentação de «moral republicana» que mal disfarça uma concepção muito diletante e elitista da vida e das pessoas. Às vezes, para mortificação do meu «eu» presente, lembro-me de que, quando era frívolo e venerava as plumagens, ao menos era sincero: e que olhava mais para o conteúdo das montras do que para o reflexo do meu arcaboiço no vidro das montras.
O novo Ashram minimalista
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
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2 comentários:
Belas Ilustrações! Huuuum, a metáfora do leme, o enlevo das Damas... está-me a parecer é que permanência e saudade serão dirigidas respectivamente à condição do animalzinho estendido como tapete e a um mais difundido reconhecimento dela.
Abraço
Só agora reparei no animalzinho estendido. Vou ter encrenca com os meus correligionários...
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