Eu sei que há uns «direitistas» que se comprazem infinitamente (narcisisticamente até) com a sua «incorrecção política», tornando a questão num tema «de pose», uma espécie de teimosia misoneísta que se obstina em afirmar-se pela negação, pela recusa, pela resistência a tudo o que próxima ou remotamente soe a «ventos da História».
Como pose, é uma pura idiotice (as poses intelectuais são-no, geralmente), e redunda em geral num alinhamento com tudo o que há de mais execrável das reacções emotivas e irracionais contra os adquiridos valorativos da nossa civilização. O politicamente incorrecto remete em geral as pessoas para um conúbio embaraçoso com todo o tipo de crapulice que involuntária mas merecidamente se vê remetida para a escória da inteligência.
O problema é a pose, que converte um resultado casual numa fórmula rígida, e, através dessa, arvora a busca de heterodoxia a um fim em si mesmo.
Nunca tive problemas com heterodoxia – como resultado. Sempre os tive – como objectivo. Nunca vi mérito na teimosia, sobretudo a manifestada contra uma «correcção política» que, por todos os males que represente, é ainda o motor do pequeno progresso moral que vamos experimentando (não é um acaso que alguns «direitistas» mais «esturrados» acabem por revelar, envergonhadamente é certo, as suas simpatias com «incorrecções políticas» como a do talibanismo, da «sharia» e afins). Menos ainda tenho nojo do presente ou medo do futuro, até porque é neles que se espraia o que resta por viver e por gozar.
Como pose, é uma pura idiotice (as poses intelectuais são-no, geralmente), e redunda em geral num alinhamento com tudo o que há de mais execrável das reacções emotivas e irracionais contra os adquiridos valorativos da nossa civilização. O politicamente incorrecto remete em geral as pessoas para um conúbio embaraçoso com todo o tipo de crapulice que involuntária mas merecidamente se vê remetida para a escória da inteligência.
O problema é a pose, que converte um resultado casual numa fórmula rígida, e, através dessa, arvora a busca de heterodoxia a um fim em si mesmo.
Nunca tive problemas com heterodoxia – como resultado. Sempre os tive – como objectivo. Nunca vi mérito na teimosia, sobretudo a manifestada contra uma «correcção política» que, por todos os males que represente, é ainda o motor do pequeno progresso moral que vamos experimentando (não é um acaso que alguns «direitistas» mais «esturrados» acabem por revelar, envergonhadamente é certo, as suas simpatias com «incorrecções políticas» como a do talibanismo, da «sharia» e afins). Menos ainda tenho nojo do presente ou medo do futuro, até porque é neles que se espraia o que resta por viver e por gozar.
Lamento que alguns «direitistas» que prezo (ainda os há) se deixem cair nessa prisão tirânica do «politicamente incorrecto», que os priva de tirarem pleno fruto da sua inteligência e os converte em monótonos veneradores de cadáveres e sepulcros – físicos, intelectuais e até simbólicos. Compreendo que os menos obscurantistas de vez em quando lamentem eles próprios esse confinamento cultural a que esterilmente se remetem.
1 comentário:
Permita-me deixar aqui o meu pleno acordo... Cumprimentos
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