"Confrontados com o não-humano, com o não-linguístico, perdemos a capacidade de transcender a contingência e a dor através da apropriação e da transformação, e ficamos apenas com a capacidade de reconhecer a contingência e a dor. A vitória final da poesia na sua imemorial querela com a filosofia (...) consistiria na resignação à ideia de que este é o único tipo de poder sobre o mundo que podemos esperar ter. Porque essa seria a suprema renúncia à convicção de que, no «mundo lá fora», há uma verdade a ser descoberta, e não apenas poder e dor."
Richard Rorty, Contingency, Irony, and Solidarity
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