Há gente que venera muito seriamente tudo o que seja ritual - uma posição confortante, que busca em cada reiteração o banho lustral do eterno retorno. Eu já fui assim - mas hoje acredito que isso é uma posição superficial e alienada, no sentido de atitude não-examinada, daquelas que atordoam prematuramente os «cadáveres adiados» que gastam em imitação, negação e escapismo o arco finito das suas vidas. Pagar tributo a rituais é como avançar na vida às arrecuas, numa ardorosa mas fútil imposição de sentido e de cadência que só logra tornar a nossa finitude, se possível, ainda mais absurda e frustrante.
O novo Ashram minimalista
sábado, 9 de junho de 2007
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